O Dia Nacional do Combate a Discriminação Racial, ocorre no dia 03 de julho e refere à aprovação da primeira lei brasileira contra o racismo criada em 1951.
O racismo é qualquer ação ou fala de exclusão, restrição, ofensa e preferência a determinada raça, etnia, ascendência, cor ou etnia. Além disso, qualquer aversão a crenças religiosas, roupas, costumes e idiomas também é considerado discriminação racial. O crime é cometido em vários lugares e situações como a recusa de participar a lugares, limitação de direitos e comentários ofensivos.
Sendo muito presente na sociedade, a data é um estímulo a reflexão e a discussão sobre o tema ainda é necessária, devendo ser estudada e compreendida por todos, a fim não só de que todas as pessoas tenham seus direitos garantidos, como também que se unam para lutar contra qualquer forma de preconceito.
Deste modo, separamos alguns títulos presentes em nosso acervo que abordam a narrativa:

Olhos D'água
Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida? Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na "frágil vara" que, lemos no conto "O Cooper de Cida", é a "corda bamba do tempo". Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição. Sem quaisquer idealizações, são aqui recriadas com firmeza e talento as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.

Parem de nos Matar
Todas as vezes que surge uma personagem negra estereotipada como essa nos programas de entretenimento aos domingos, a segunda-feira das crianças e adolescentes negros na escola será um filme de terror que se estenderá por semanas, meses e anos, a depender da duração da personagem na tevê. E os familiares dessas crianças perderão horas, dias, semanas e meses preciosos de educação, lazer e fruição ensinando-as a reagir, a não sucumbir, a manter a cabeça erguida, a preservar o amor próprio diante de tanta violência direcionada e objetiva. Os exemplos racistas da televisão também inspirarão situações de discriminação racial na escola, minimizadas por professoras e professores cansados e despreparados, para dizer o mínimo. As crianças e adolescentes negros que não tiverem tido as lições de sobrevivência do amor-próprio ministradas em casa se sentirão sozinhos, desprotegidos e injustiçados. Um dia perderão a paciência e poderão chegar às vias de fato com colegas racistas, como último recurso de autodefesa. Então serão taxados de violentos, serão estigmatizados na escola, perderão o estímulo para permanecer naquele ambiente, evadirão com facilidade e a redução da maioridade penal será apontada como solução para retirá-los mais cedo do convívio social e puni-los por terem reagido, da maneira que lhes foi possível, à opressão racial.

Sim à igualdade racial
A desigualdade racial é uma realidade no mercado de trabalho no Brasil. A importância de falar sobre o assunto e buscar caminhos para enfrentar as questões raciais dentro das empresas inspirou a diretora-executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), Luana Génot, a lançar seu primeiro livro, Sim à Igualdade Racial – raça e mercado de trabalho, pela Pallas Editora. A obra é o resultado da dissertação de mestrado da autora em Relações Étnico-Raciais. O livro traz 16 depoimentos de pessoas de diferentes perfis, entre CEO de empresas e trainees, atores e jornalistas, além das falas da própria Luana e de seus pais, sobre a questão da desigualdade no ambiente corporativo.

Poemas da recordação e outros movimentos
Fazendo uso de variados recursos: uma rica visão poética emotiva e a tematização sentimental, social, familiar e religiosa; com coragem, experiência, estilo bem definido e uso de intertextualidades, são enunciadas pela autora a pobreza, a fome, a dor e “a enganosa-esperança de laçar o tempo”; assim como há espaço para a paixão, o amor e o desejo. Nada, porém, é superficial, gratuito ou excessivo em Poemas da recordação e outros movimentos, que se sustenta em crítica social e no profundo de cada experiência, a partir da produção de um conjunto de poesias fortes e criativas, de belo senso rítmico, cuja leitura desperta emoções, graças à empatia que se estabelece entre os que leem os poemas e a expressividade emotiva e literária de Conceição Evaristo, quando faz despontar os “mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra”.

Olhos de Azeviche
A coletânea Olhos de azeviche traz dez escritoras que estão renovando a literatura brasileira, cuja escrita apresentamos mobilizados por reduzir o abismo que ainda há entre a quantidade e a diversidade das escritoras negras brasileiras contemporâneas e os espaços de divulgação e circulação dos seus textos. A obra representa mais um movimento da Editora Malê para incrementar a visibilidade das escritoras e dos escritores da literatura negra (negro-brasileira/afro-brasileira), propondo que a literatura se enriqueça em diversidade cultural. Apresentamos no livro uma seleção com um marco temporal (final da década de 1970) em que se destacam, em 1979, o lançamento do livro O terceiro filho, de Geni Guimarães, e os movimentos negros de resistência e produção literária, dos quais o coletivo Quilombhoje é o grande representante. Nossa seleção vai até a atualidade, finalizando com uma autora que ainda não participou de nenhuma publicação impressa, mas divulga seus textos em blogs: Taís Espírito Santo.

Senti na pele - relatos
Reunião de relatos que documentam as consequências do racismo no cotidiano.

Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando a própria história
A produção acadêmica e intelectual de Giovana Xavier em “Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história” mesmo quando enfileira complexas teorias, é perspicaz e cirúrgica. É divertida, ora irônica. É generosa. Ela não só nomeia as pensadoras diplomadas que a influenciaram, de Kimberlé Crenshaw a bell hooks, de Conceição Evaristo a Djamila Ribeiro, mas também reconhece e louva a intelectualidade de mulheres que a desigualdade, o machismo e o racismo brasileiros teimavam em invisibilizar. Giovana inova com sua profissão de fé na História em primeira pessoa. Provoca ao apontar o bolor das interpretações estereotipadas. Ousa ao teorizar sobre surfe, rap, férias, rebolado, orixá, literatura, Baco Exu do Blues, teatro - tudo junto e misturado. Cruza territórios, escrutina personagens, reinterpreta narrativas. Seu livro é reflexão vezes nove. Aperte o cinto e viaje." - Flávia Oliveira, jornalista

Bucala
A pequena princesa do Quilombo do Cabula conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião Bem-preto-de-barbicha-bem-branca.

Era só brincadeirinha!
Lola não é daquelas adolescentes rebeldes sem causa, mas também não deixa nada barato. Aí é que está, ela é uma rebelde com causa. Quando sente que alguma coisa está errada, fala, na rua, na escola ou até mesmo em casa. E dessa vez é em casa, quando um hóspede indesejado vai fazer com que Lola brigue pelo seu espaço. Ela que estava acostumada com uma vida louca de casa, escola e os rolezinhos com os amigos. Isso acabou quando Rodrigo apareceu para cumprir prisão domiciliar justamente no seu quintal. Uma pena educativa, dizia sua mãe. O que Lola não imaginava era que essa tal pena educativa poderia mudar a sua vida (e a de Rodrigo também!).

Intensa
Sua vida desmoronando, seu povo perseguido e seu coração partido. Mas das cinzas ela encontra o amor e a esperança em meio a um cenário de guerra. Em 2003, meses depois de os Estados Unidos declararem guerra ao Iraque, o mundo político norte-americano está de ponta-cabeça. A tensão é palpável, há ocorrências crescentes de crimes de ódio, agentes do FBI estão se infiltrando nas mesquitas locais e a comunidade muçulmana passa a ser mais perseguida do que nunca. Nesse contexto, Shadi mantém a cabeça baixa. Está ocupada demais afogando-se em seus próprios problemas para conseguir um tempo e lidar com a discriminação. O nome de Shadi remete à alegria, mas ela está atormentada pela tristeza. Seu irmão está morto, seu pai está morrendo, sua mãe está desmoronando e sua melhor amiga misteriosamente saiu de sua vida. Para completar, é claro, há a pequena questão de seu coração – que está partido. Shadi tenta sobreviver ao seu mundo em ruínas enquanto trava uma batalha silenciosa. Ela devora sua própria dor, a cada dia mergulhando mais fundo em si mesma até que, finalmente, um dia, tudo muda. Ela explode. Intensa é um olhar contundente sobre uma família muçulmana após os atentados de 11 de setembro. É a história de uma filha de imigrantes em meio a uma crise de identidade, que se apaixona e encontra esperança em meio a uma guerra moderna.

Oceano Entre Nós
Quando duas pessoas vêm de origens conflitantes entre si, será que o amor é suficiente para superar o choque cultural? Um romance comovente sobre medo, amor e o impacto devastador do preconceito – baseado na própria experiência de vida de Tahereh Mafi, autora da série best-seller Estilhaça-me! Após os atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos da América passam por um momento muito turbulento. Mais turbulento ainda para alguém como Shirin, uma garota muçulmana de 16 anos que está cansada de ser estereotipada. Shirin não se surpreende mais com as atitudes horríveis das pessoas. Está cansada dos olhares atravessados, dos comentários degradantes – até mesmo da violência física – que ela suporta como resultado de sua etnia, de sua religião e do véu que ela usa todos os dias. Para se proteger de tudo isso, ela constrói barreiras ao seu redor e não permite que ninguém se aproxime dela o suficiente para machucá-la. Mas tudo muda quando Ocean James surge em sua vida – a primeira pessoa que realmente demonstra querer conhecê-la de verdade. E isso a apavora, pois eles parecem vir de dois mundos irreconciliáveis. Shirin está com a guarda levantada há tanto tempo que não tem certeza se será capaz de baixá-la.
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